Já tinha dito que o 7 é o meu número e as coisas mais importantes calham sempre a acontecer nestes dias. Continuo a gostar do 29. 9-2=7. Ou 2-9=-7. Antíteses.
Fez um ano. Tudo mudou, várias vezes. E desse dia por 7 anos? Onde estaremos, quão diferentes?
Muito mais que um seis no totoloto (já dizia o Sérgio Godinho, com um brilhozinho nos olhos), é um 7 no euromilhões (5 + 2 estrelas). Qual será a probabilidade de me sair essa grande sorte, não a do jogo, a outra? (Pouco) maior que nula, é certo.
ouve-me
que o dia te seja limpo e
a cada esquina de luz possas recolher
alimento suficiente para a tua morte
vai até onde ninguém te possa falar
ou reconhecer – vai por esse campo
de crateras extintas – vai por essa porta
de água tão vasta quanto a noite
deixa a árvore das cassiopeias cobrir-te
e as loucas aveias que o ácido enferrujou
erguerem-se na vertigem do voo – deixa
que o outono traga os pássaros e as abelhas
para pernoitarem na doçura
do teu breve coração – ouve-me
que o dia te seja limpo
e para lá da pele constrói o arco de sal
a morada eterna – o mar por onde fugirá
o etéreo visitante desta noite
não esqueças o navio carregado de lumes
de desejos em poeira – não esqueças o ouro
o marfim – os sessenta comprimidos letais
ao pequeno-almoço
Que trabalho exasperado, o da língua,
essa em que dizes com mão insegura
desvios, desacertos, desalinhos.
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