I still miss you...
I still miss your smile...
I still miss your light...
I still want (you to want me) to hug you...
Creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso.
I miss your smile...
I miss your light...
I miss you...
Tento fugir-te, trabalhando, escrevendo, lendo, fotografando. Escusado. Todos os caminhos vão dar a ti.
Uma cor, um relato, uma canção. Tudo sempre sobre ti, sobre o que nós não somos. A impedir de me esquecer das saudades que tenho de ti.
é chegar ao trabalho e ter um brigadeiro embrulhado à minha espera.
Andava há dias com vontade dum docinho e, à falta do docinho de figo, the next best thing: chocolate em doses massivas. Mas marmelada com pão-de-ló é capaz de também ser interessante para estimular o palato.
digam lá se o meu blogue não anda com um ar apetitoso!
- em que olhas para o espelho e não reconheces quem vês?
- em que recordas quando pensavas ter tudo e percebes que tudo na vida é efémero?
- em que chegas à conclusão que aquele dia em que te faltou o chão era inevitável e foi um dos mais libertadores de sempre?
- em que recordar aquele primeiro beijo no comboio te leva às lágrimas?
- em que davas quase tudo para voltar 3 meses para trás no tempo?
- em que sentes que a tua saúde mental já teve melhores, mas também piores, dias?
- que devia ter sido o mais feliz da tua vida e sentiste apenas solidão?
- em que tiveste incontroláveis ataques de riso?
- em que percebes que a tua dor é idêntica à dor que criticas?
- em que sabes que a vida não é aqui mas daqui não arredas pé?
- em que as boas notícias foram más e as más notícias foram boas?
- em que olhaste nos olhos dum amigo e a dor da saudade se antecipou?
- em que te apeteceu acender o rastilho antes de sacudir a pólvora das mãos?
- em que o frio que sentes vem de dentro para fora?
Eu chamo-lhe ‘qualquer dia desta semana’. Ou TPM deslocada.
Hoje fiz limpezas de memória. Das memórias electrónicas de registos que noutra altura me pareceram dignos de recordação e, de caminho, limpei também o disco rígido craniano. Aproveitei para revisitar momentos, dar-lhes um último aceno de despedida. Reparei no quão mimada me tornei. (Mal) habituada a beijos matinais temperados com palavras melosas, a mimos salpicados erraticamente pelos dias. Foram dias felizes, quase todos. Não importa se um dia acabou sem nexo, importa que foi verdade até esse dia. Foi amor, foi paixão também. Era um rio de leito morno e terno, cada abraço transbordava doçura, aquela saudade que doía no peito… E nele naveguei erraticamente, deliciada, feliz. Talvez não tanto pela pessoa que me olhava como pela reciprocidade do olhar.
Recordei com carinho, nostalgia até. Encontrei um recanto de mim que anseia pelo reencontro de dois sorrisos de mãos dadas, sussurros ternos à luz da lua. Romântica, idealista, talvez apenas carente. E sim, penso em ti, que eu (até) gosto de ti.
Talvez seja este o sentimento que hoje não sei assumir: É bom ter um abraço para onde rumar, é bom beijar e ser beijada, é confortante (porém, insuficiente) a companhia, antídoto ideal quando a solidão se torna oca e faz ecoar o silêncio da tua própria vida.
Diz-me, se souberes, se é isto que procuras aqui. Se não souberes vai descobrir e regressa depois, que doutro modo terei que te explicar porque não posso voltar a ser uma construção holográfica de mim própria em enredo de conto de fadas (e convenhamos que assim se perde metade do encanto, materializando em verbos as verdades). Por principesco que sejas, e suspeito que o és, eu sou apenas eu, sem aspirações a ser princesa. Sou quem sou, nada fácil, por sinal (assim reza a lenda); trago comigo bagagem, mágoas e cicatrizes, memórias das que não se consegue apagar; trago comigo descobertas que puseram todo um fantástico mundo a nú e trataram de enxotá-lo para outra galáxia. Pior, trago horizontes amplos, distantes, ambições; Trago certezas do que quero e forças para lutar.
Come what may… Diz ao que vens e o que pretendes de mim. Não te atrevas reclamar passados e futuros, tampouco a alma que deixei escapar-se por aí. Mas serás bem-vindo se vieres por bem. Ousas passar esta porta, sem mapa nem bússola, sem rede de segurança, no turning back?
Hoje foi um dia francamente mau.
Poderia ter sido tão melhor se tivesse lido antes aquele e-mail, que com o poder duma palavra apenas me devolve a vontade de sorrir.
Eu também te adoro, sabes?
Dói recordar.
Doem as pernas entrelaçadas, os cabelos afagados, os pés ousados.
Doem os beijos que ninguém viu, os sorrisos tão verdadeiros.
Dói o nariz no pescoço, a língua nas orelhas, cada curva arrepiada.
Dói a lágrima derretida que não soube esconder-se.
Doem os dedos entretidos, os pêlos espantados.
Doem as carícias lambidas, os lábios longos e mornos.
Chega a doer o cheiro das flores, o vapor do duche, o abraço nú.
Dói aquela sede, o suor e o prazer.
Dói a palavra que escapou a medo, o brinde enganado, a gargalhada abafada.
Dói andar à deriva, mas também atracar. Dói regressar.
Sucumbo ao arrepio; Rendo-me.
Abri caminho com uma faca de mato entre os dentes, arrisquei, ousei e nunca olhei para trás.
Sabendo que errava, tornei a errar; Sabendo que dói…
Com desmedida força dei tudo, até do meu sal líquido, nos teus lábios nus. Fraquejei, em jeito de fuga, para não ser mais eu; fui encontrar-me perdida em ti. E juntos nos perdemos.
Existi enfim no teu abraço, reconheci-me mulher. Saudade de acordar a sorrir para ti, pura Luz.
Quem escondemos nesta escuridão?
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